O misterioso Significado das cores
As cores têm uma importância vital no quotidiano das pessoas. Influenciam directamente o nosso comportamento e o nosso sentido de humor, mesmo de forma inconsciente. Quando os nossos olhos captam uma cor despoletam-se impulsos cerebrais e reacções diversificadas.
Deste modo, a cor é um poderoso instrumento de comunicação, mas também tem papel fundamental na identificação e visualização das coisas. Um objecto sem cor teria um outro significado totalmente distinto da percepção colorida que dele se revela.
A cor é pura energia vibratória que afecta de forma imediata e diferente cada ser humano. Cada cor produz divergentes sensações e cada pessoa reage a uma cor de forma distinta de outra. Tudo fruto da intensidade, da luminosidade e da saturação da cor, mas também das características psicológicas de cada indivíduo.
As cores e a psicologia
Cada cor suscita emoções e valores, sendo poderosos estímulos psicológicos para os indivíduos. Contribuem para a tomada de decisões destes, levando-os a gostarem ou não de algo, a aceitarem ou rejeitarem uma coisa, a agirem ou não perante uma determinada circunstância.
Neste âmbito, as cores têm utilizações diversificadas na nossa sociedade, sendo alvo de estudos e de teorias várias. Na psicologia o seu uso é recorrente no tratamento de diversas maleitas psíquicas, acreditando-se que os atributos de determinadas cores podem ajudar no tratamento de certos pacientes.
A cada cor está associado um significado concreto, fruto das sensações que se lhe associam. Assim, o azul, que é a cor do mar e do céu, está ligado à tranquilidade, enquanto o verde, a cor da natureza, se associa à vitalidade. O uso destas e de todas as cores assume-se fundamental no dia-a-dia das pessoas, designadamente na decoração dos espaços, contribuindo para fomentar determinados estados de espírito e para criar divisões que, de algum modo, reflitam um pouco de nós ou do que nós gostaríamos de ser.
As cores e a decoração
O correcto uso de uma paleta de cores é um ponto determinante para a criação de ambientes confortáveis e acolhedores. Usar a combinação certa de cores permite que um determinado espaço cause sensações de auto-estima e de bem-estar, o que promove a redução do stress e da ansiedade, afastando angústias e depressões.
As cores têm inclusive influência no tamanho das coisas. Não é que as aumentem ou reduzam, mas conduzem o olho humano a percepcionar uma divisão, um sofá, uma mesa de uma forma diferente do que ela é na realidade. As chamadas cores quentes (o vermelho, o amarelo) tendem a aumentar os objectos, enquanto as designadas cores frias (o azul, o verde) reduzem as dimensões dos mesmos.
As cores e a publicidade
Na área da publicidade e do marketing, as cores têm uma importância vital, sendo usadas de forma consciente e elaborada com o sentido de passar as mensagens desejadas. As Agências publicitárias, os assessores de imagem das empresas e os designers demoram-se na escolha das cores para os respectivos trabalhos, procurando associar o produto que pretendem “vender” à melhor escolha possível.
Na publicidade tem tudo a ver com a imagem, com a associação de um produto a uma determinada ideia. Não é necessariamente o que o produto é ou vale, mas o que a sua posse pode sugerir de quem o detém. Nesse sentido, a cor assume-se como vital para traçar um plano comercial eficaz. Não é à toa que os artigos de luxo são associados à cor dourada. Esta está associada ao dinheiro e ao prestígio, insinuando uma ideia de poder que poderá fomentar a compra deste tipo de objectos.
As cores têm grande relevância estética e são por isso fundamentais no âmbito do design, especialmente quando o intuito é atrair potenciais clientes. No domínio da Internet, onde a imagem tem papel fundamental, o bom uso das cores é imprescindível para captar e manter utilizadores.
Qualquer página web tem como principal função comunicar, com palavras, com imagens e com cores. As escolhas que os bons designers fazem para a criação de um site não são puramente desinteressadas do significado e do potencial de reacção de cada cor. E é importante que assim seja, pois as escolhas erradas terão um efeito trágico para o site em questão.
As cores no cinema
O uso da cor é um detalhe essencial na elaboração de qualquer filme. Conjuntamente com o som, a cor é o que concede a qualquer obra cinematográfica o seu tom essencial. Assim, um filme de terror é marcado pelo preto e pelos ambientes escuros, enquanto numa comédia romântica haverá recurso a cores mais luminosas e vibrantes.
Inclusive na caracterização das personagens a cor assume importância fulcral, designadamente no vestuário. Um vampiro aparecerá por norma vestido de preto ou de vermelho. Já uma princesa ou uma menina ingénua terá vestimentas em tons rosa. O fato do super-herói é habitualmente vermelho e azul, enquanto o vilão veste-se de verde ou de laranja.
A cromoterapia
A Cromoterapia é, em termos genéricos, a terapia das cores. Mais concretamente, é a utilização das cores para a cura de doenças e é uma prática utilizada desde o antigo Egipto.
Os terapeutas da Cromoterapia acreditam que cada cor tem uma vibração energética própria e capacidades de cura específicas. Assim, procuram usar as cores adequadas para propiciar a harmonia do corpo.
Com forte implantação no Japão, a Cromoterapia faz parte das terapias alternativas em ascensão no mundo ocidental. Apesar disso, não tem reconhecimento científico, embora haja estudos competentes que comprovam a influência das cores na saúde humana.
Teoria das Cores
Ao longo do tempo, vários estudiosos se dedicaram à análise das cores, pela importância que estas têm no quotidiano humano. O cientista inglês Isaac Newton foi uma dessas pessoas, esboçando os princípios básicos da chamada Teorias das Cores.
Em termos genéricos, a Teoria das Cores determina que a cor é um fenómeno físico que está relacionado com a existência de luz. Sem luz, não haveria cores, é o que conclui. Assim, o preto existe porque algo reteve toda a luz existente. Já o branco é visível quando algo reflecte toda a luz existente. Assim, o preto e o branco não são encarados como cores, mas como presença ou ausência de luz.
Há uma imensidão de outras teorias sobre as cores, designadamente no “Tratado da Pintura e da Paisagem – Sombra e Luz” de Leonardo da Vinci, mas é preciso convir que a cor é muito mais um fenómeno subjectivo do que objectivo e cientificamente embalado. A sua percepção está intrinsecamente relacionada com o olho humano e com a sensibilidade específica de quem vê.